quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

SÉRGIO VAZ

É importante dizer que a Literatura Marginal nasceu em 1970 e consiste na exposição de ideias e pensamentos através do meio literário - até então dominado, em grande parte, pela Burguesia brasileira - formada por escritores que moram nas periferias das grandes metrópoles a literatura marginal discute a realidade muitas vezes vivenciada por esses autores. Caso você não tenha lido sobre Carolina Maria de Jesus clique Aqui

Entre os representantes da Nova Literatura Marginal esta o Poeta Sérgio Vaz.  Sérgio Vaz é considerado o poeta da periferia. Mora em Taboão da Serra (Grande São Paulo) e, além de escrever, é agitador cultural nas periferias do Brasil. É criador da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia) e um dos criadores do Sarau da Cooperifa — movimento que transformou um bar da periferia da zona sul de São Paulo em um centro cultural. O projeto também promove o encontro de leitores e escritores, além de divulgar a poesia nas escolas. Improvisa uma sala de cinema na laje do boteco e abre espaço para a produção cinematográfica alternativa das quebradas. Um projeto de sucesso, que influenciou e deu origem a quase 50 saraus, além da publicação independente de mais de 100 livros.



“As juras de amor não são mentiras, de maneira alguma!
São verdades com prazo de validade” 

Sérgio Vaz




Dona Edite ao lado direito de Sérgio Vaz, e as integrantes do Sarau da Cooperifa.  



Com Fino Do Repper




                                        Repórter abelha (Romeu Rodrigues) e Sérgio Vaz 




Da esquerda para a direita Wagner Moura Sérgio Vaz e Xico Sá 


Outras Matérias com o Sérgio Vaz:


Ferréz no blog do Repórter Abelha


Ferréz 





2019 pela Selo Povo o livro My Way - A periferia de moicano. do autor Valo Velho. Ninguém controla nossa história. #selopovo #mywaylivro





O livro My Way - A periferia de moicano. Não é uma simples história Mas é o pondo de vista de quem quase nunca é escutado.  Estive no lançamento  onde conheci o autor Valo Velho (acima) e o editor Ferrez (abaixo)  







terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Carolina Maria de Jesus







Carolina Maria de Jesus nasceu em 1914, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais. Mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como empregada e catadora de papel para se sustentar e sustentar seus três filhos, que criava sozinha. Carolina escrevia sobre seu dia a dia na favela do Canindé, Zona Norte de São Paulo, até que, em 1958, conheceu o jornalista Audálio Dantas, que a auxiliou na publicação de seus diários.

Seu primeiro livro, Quarto de Despejo, publicado em 1960, vendeu dez mil cópias, em quatro dias, e 100 mil cópias, em um ano. Esse livro relata suas vivências na favela, sobre como sobrevivia à fome com seus filhos. Até hoje é um relato atual da condição de vida de muitas outras mulheres nas favelas do Brasil.

Carolina frequentou escola até o segundo ano do Ensino Fundamental, onde aprendeu a escrever e ler, no entanto, vinda de família muito humilde e sem letramento, em sua casa não havia livros que a futura escritora pudesse ler. Muito empolgada com a nova habilidade de leitura, acabou procurando livros com sua vizinha. Foi quando teve acesso à Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.

Ainda em Sacramento, Carolina e sua mãe foram acusadas de roubarem, o que levou sua mãe à prisão, onde ficou até que descobrissem que não houve roubo algum. No entanto, o acontecido foi marcante para Carolina, que largou tudo e mudou-se para São Paulo. Chegando em São Paulo, começou a trabalhar na casa do médico Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, onde passava suas folgas na biblioteca da casa. Depois de ficar grávida, não pôde mais trabalhar na casa e, então, passou a viver de pegar papel na rua, separando os melhores papéis para a sua escrita diária.

Carolina, assim, escreveu todos os dias sobre sua realidade na favela, até que, um dia, o jornalista Audálio Dantas foi à favela do Canindé para fazer uma matéria. Nesse momento, Carolina e Audálio encontraram-se. O jornalista, que buscava falar sobre a favela, quando teve acesso aos papéis de diário de Carolina, percebeu que já tinha tudo e muito mais o que falar sobre a localidade.




Admirado com a capacidade de expressão de Carolina, resolveu ajudá-la a publicar seu primeiro e mais famoso livro. Apesar de Carolina não ter frequentado muito a escola, o conhecimento que adquiriu no pouco que a frequentou foi o que lhe possibilitou expressar-se enquanto mulher, negra, mãe, solteira e moradora da favela, gerando um livro que foi a alavanca de sua vida.

Ainda que tivesse ganhado muito dinheiro praticamente do dia para a noite, não conseguiu administrar sua fortuna. Enfrentando o preconceito de uma sociedade que, em grande parte, relacionava o talento de Carolina com a figura de Audálio — um homem branco e letrado — em seus livros posteriores, não alcançou o lucro que havia feito com sua primeira publicação, chegando, então, a voltar a pegar papel na rua para sobreviver, até sua morte, em 1977.

Com uma imagem determinada e uma força nítida, Carolina tornou-se uma referência de mulher negra brasileira. Sua imagem vem formando-se como um ícone de força por sua história, origem e percurso. Apesar de ter passado muito tempo esquecida, Carolina Maria de Jesus chegou a lançar seus livros fora do Brasil, tendo traduções em 14 línguas.

Sua obra foi elogiada por grandes nomes, como Clarice Lispector, que, ao ser intitulada por Carolina como “uma escritora de verdade”, respondeu que: “Escritora de verdade é Carolina, que conta a realidade”.

 “Escrevo a miséria e a vida infausta dos favelados. Eu era revoltada, não acreditava em ninguém. Odiava os políticos e os patrões, porque o meu sonho era escrever e o pobre não pode ter ideal nobre. Eu sabia que ia angariar inimigos, porque ninguém está habituado a esse tipo de literatura. Seja o que Deus quiser. Eu escrevi a realidade.

Carolina Maria de Jesus

Obras

  • Quarto de Despejo (1960)
  • Casa de Alvenaria (1961)
  • Pedaços de Fome (1963)
  • Provérbios (1963)

   Leia  também:






domingo, 12 de dezembro de 2021

Livro Vamos Cuidar do Nosso Planeta


De Romeu Rodrigue & Walter Martins

Esta sendo usado em sala de aula



O livro Vamos Cuidar do Nosso Planeta de Romeu Rodrigues (artes e textos) e colaboração pedagógica de Walter Martins.Lançado pela Scortecci Editora, a obra tem 32 páginas coloridas e traz ideias divertidas sobre a transformação de material descartável em arte. Poluição, enchentes, desperdício de dinheiro. Através da narração divertida de Dime, uma barata geneticamente modificada pelo lixo tóxico, já trazendo o conhecimento de seus ancestrais existentes há mais de 300 milhões de anos - sobreviventes à evolução do tempo - Dime adquiriu conhecimentos e condições para chamar a atenção sobre os cuidados para a manutenção e preservação do planeta.  



O Professor Billy com Dime em sua aula sobre educação Ambiental

“Durante alguns anos, através do Blog Repórter Abelha, entrevistei pessoas do cotidiano que participam de projetos colocando em prática a ideia de que todos devem ser a mudança que querem ver no mundo. Isso me inspirou a pensar numa forma de difundir os ensinamentos. Foi onde criei o Projeto Causa Nobre, fonte de inspiração para o livro, que realiza trabalhos sociais promovidos nas comunidades por onde passa através do nosso Dime, um boneco que agrada crianças e adultos onde posso difundir os conceitos recebidos durante a minha passagem pela Casa do Zezinho, que é um dos apoiadores além da atriz Gilda Nomacce, o empresário Guilherme Crissiuma e da CIEJA Campo Limpo“ comenta o autor.



Palestra na Faculdade Zumbi dos Palmares




Alunos de Pedagogia  discutem o Livro



Apoiadores : Casa do Zezinho, Gilda Nomacce e CIEJA Campo Limpo





Tia Dag Lendo o Livro




Romeu Rodrigues o Repórter Abelha com a Fundadora da Casa  do Zezinho

Livro do Dime

CIEJA Campo Limpo


Compre o Livro

Em breve, mais detalhes sobre o novo Livro:

Com Prefácio da Tia Dag.