quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Será?

- Ali esta ela, aqui dentro desse asilo ela estará segura. Cada quarto é individual. Ali ela fica e passa a maior parte do tempo escrevendo. Ela diz conhecer uma porção mágica que rejuvenesce.  Perguntei a ela se possuía alguma religião, ela disse ser de uma seita onde as pessoas foram capazes de descobrir a receita da imortalidade.
- E o senhor acreditou nisso doutor? Se tratando de uma idosa, que mal pode andar. Parece-me ser uma alucinação clara.
- Isso costuma ser normal para a idade. A criação de uma nova realidade. Mas veja bem, ela descreveu um fato que aconteceu em 1922. Em um pequeno Hotel na Ucrânia. Havia uma mulher que carregava sua neta aparentava ter setenta anos e seus cabelos eram prateados quando chegou ao estabelecimento. Sua pele flácida. Quando ela saiu à criança estava com o cabelo bem curto e ela bem mais jovem e seus cabelos pretos. Alegou ter sido maquiagem.
- E o que isso tem haver com a minha avó doutor? Como a história de uma velha pode ter ligação com minha avó.
- Presta atenção, na lógica quem um dia aparentou setenta anos em 1922 não pode esta vivo em 2020. Eu sei que a mulher carregava uma medalha do marido que lutara na primeira guerra mundial. Era o melhor amigo do meu avô Josef era o nome gravado no objeto, que ficava pendurado por uma corrente.
- Olha doutor confesso que o senhor esta me cansando. Vai dizer que a minha avó carrega essa medalha? Doutor isso não tem a menor lógica. A medalha pode ser da mãe ou avó dela sei lá.
- É verdade onde eu estava com a cabeça, por um momento cogitei a possibilidade de acreditar em contos de fadas. Que loucura, além de tudo aquela mulher teve parte da orelha cortada e nenhuma formula faz os membros crescerem, assim, contou o meu avô. Venha temos uns papéis para você assinar.  

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